"O Desenhista
Certa vez um homem desafiou-se
Da própria capacidade de superação
Tinha motivos, para duvidar-se
E tinha mais ainda, garra pra superar-se
Noutra vez outro homem o desafiou
Então o superar, ele fez questão
E nem motivos, agora precisava
Era questão de honra, ele acreditava
Outrora, ninguém mais o duvidou
Ele achou falho e sem emoção
Teve pensamentos que não queria
Lembrou então, que a Deus ainda devia
Naquela hora ele desenhou
Desenhou e desenhou
Não se ateve aquela fase
Superou-se de novo e para sempre
E até hoje o homem desenha
Desenha e desenha
Por que sentiu, que não tem graça sua vida
Senão se superar todos os dias.
(por Alexandre Rambor Corrales)"
É galera... mais um ciclo anual de minha vida se completou ontem... Mais um bloco de 365 páginas completo pro arquivo.
35... Até então metade da espectativa masculina de vida no Brasil...
Tanto já vivido... tão pouco feito... Tanto ainda para se fazer... Muita arte ainda pela frente.
Sabem, aos olhos de um desenhista, a vida é engraçada e ao mesmo tempo, sufocante.
É uma folha branca, em que se desenha inúmeros acontecimentos. No outro dia, ela vira, se renova. Nova página. Para que se possa desenhar de novo. Coisas novas, coisas engraçadas, coisas passadas, coisas tristes, coisas assustadoras... Enfim, coisas.
Mas o que importa é, sempre desenhar. Tem que se desenhar! Porque no dia que acabar a tinta da caneta, com ela vai a última gota de nossa vida...
Estranho... porém, realista. Quem desenha, entende.
Inté o/