"Pesômetro"

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Um livro bom livro pode durar uma vida inteira...

 O livro(1943)
É estranho como um livro pode te acompanhar por toda sua vida...
Minha mãe ganhou de presente de namoro, ou seja a mais de 40 anos atrás, o livro "O Pequeno Príncipe", de meu pai e, quando éramos pequenos, ela lia pra nós. Fora que crescemos ouvindo mamãe repetindo as "lições" que esse livro trazia, preciosidades como: "Tú te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas" ou as histórias das sementinhas de Baobás.
O atual desenho(2011)
Outro dia, ao acompanhar minha nova garotinha de 6 anos, enquanto ela assistia seu "inesgotável" Discovery Kids, vi um desenho "O Pequeno Principe", baseado no personagenzinho tão usado na minha educação. 
Na hora, anos de criação e amadurecimento vieram a tona e me deu uma vontade louca não só de ler o livro de novo, como também assistir o filme, que igualmente fez parte de minha infância. Conclusão: comprei o livro e o filme, hahaha.

Cenas do filme(1974)
É incrível a mágica como o autor Antoine Saint-Exupéry consegue, não só traduzir a visão da criança, como nos causar um desconforto por sermos "pessoas grandes", pessoas que esqueceram as coisas que realmente importam na vida, que desaprenderam "ver com os olhos do coração".
Sei que no fim da leitura quase chorei em perceber o quanto me tornei chato, egoísta, cego, sem graça... Ou seja, um adulto...

Algumas das frases célebres da obra:
 "- Tú se tornas ETERNAMENTE responsavél, por aquilo que cativas!
   - Tu julgarás a ti mesmo – respondeu o rei. – É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio.
   - Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.
   - É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas.
   - As pessoa grande não compreendem nada sozinhas,e é cansativo para as crianças estar a toda hora explicando
   - É preciso exigir de cada um, o que ele pode dar. A autoridade repousa sobre a razão.
   - Quando a gente anda sempre para frente, não pode mesmo ir muito longe."
Esqueci mesmo que o que julgo importante, só o é pra mim e olhe lá. Que perco a paciência muitas vezes com os pequenos, não por culpa deles, mas minha porque não quero mais dar o devido valor ao mundinho deles, ao mundo sincero, ao mundo de quem realmente enxerga com os olhos corretos.
Não me sinto no direito de ficar opnando em como você, meu amigo, deve agir, ser ou, sei lá mais o que, mas se puder dar-te uma sugestão seria essa, ganhe tempo lendo esse livro, ainda mais se interage com alguma criança: um filho, sobrinhos, primos pequenos, vizinhos, sei lá. Você se lembrará também o quanto achava que os adultos eram "chatos" e "mesquinhos" em sua forma de mostrar que sempre eles eram os donos da razão.
E o mais fascinante que, meus sobrinhos adoraram o filme e já estão loucos pra ler o livro, tão somente pelo nosso pequenino herói, um garoto cativante que até hoje nos ensina a como ver o mundo da maneira correta. 
Ok "gente grande"? ;-)

Inté o/