"Pesômetro"

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Amor...



"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?"

-Fernando Pessoa-

Esse carinha é difícil...
Pelo menos pra mim é.
Esses dias tenho refletido sobre isso. Amor. Saber amar. Ser amado. Se deixar amar.
Defina amor. Vamos lá, defina. Estou esperando ainda, heim?
Pois é, ainda não surgiu um que conseguiu uma definição que fosse completa.
É muito Ambíguo, obtuso, evasivo em si.
Mas pra mim, é triste.
Tenho péssimas experiências com o amor... Acredito demais, me entrego demais, ponho fé demais e ai... no final, rima sempre com dor...
Não me leve a mau. Acredito nele. Acredito mesmo, só que minha vida me leva a crer que essa beldade não é pra mim.
É o vinho e o veneno, a vida e a doença, a alegria e a amargura, o começo e o término de tudo.
Seria legal poder dominá-lo. Poder escolher quem ou o que se ama, mas geralmene é sempre o mais complicado que nos atrai, não é? É uma coisa meio destrutiva, arrasadora...
Será que minha visão está errada? Bom, tive momentos de felicidade, não nego. Mas se fizer uma comparação... Não valhe a pena. É muito pouco por um preço alto. Muito alto.
Bem, encerro esses devaneios pensantes com um poema conhecidíssimo e que reflete um pouco do que tentei escrever:

"Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence o vencedor,
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade;
Se tão contrário a si é o mesmo amor?"

- Luís de Camões -

Inté o/

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